O risco iminente de morte, devido à precariedade das
instalações do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP),
levou os policiais civis lotados nesta estrutura a tomarem uma decisão
necessária: a partir da próxima segunda-feira (25), eles deixam de trabalhar no
local e passam a se apresentar na DEGEPOL.
A medida, avisada através de ofício esta semana, com
antecedência de 72 horas, no entanto, é tomada após várias tentativas de
providências junto ao poder público, através da DEGEPOL, SESED e até mesmo de
solicitações de intermédio junto ao Ministério Público.
Os policiais civis fizeram um abaixo-assinado, documento
este que relata a situação dramática a qual estão sendo submetidos há vários
meses e que piorou com a chegada das chuvas, visivelmente nas últimas
precipitações em Natal, que fizeram com que tivessem que evacuar o prédio
diante do risco de desabamento, sem contar o alagamento que fica em meio a
fiações expostas.
Tal situação só não é inédita, porque antes, no período em
que várias máquinas trabalhavam nas obras de reconstrução da Cidade da Criança
(localizada ao lado do CIOSP), os servidores se viram diversas vezes tendo que
correr para que não pagassem o preço do abandono com as próprias vidas.
O SINPOL /RN reforça que diante das reclamações constantes
dos policiais lotados naquele setor já havia denunciado a situação aos órgãos
do Governo do Estado, assim como ao MP. Trata-se de um dos prédios mais antigos
da estrutura da PM, que além das rachaduras, sofre hoje com vazamentos em todas
as salas, com risco de descarga elétrica, além de ter tomadas e fiações
expostas. O SINPOL observa que diante das chuvas recentes, a única providência
que seria tomada pela cúpula da Segurança Pública era a colocação de uma lona,
para evitar infiltrações.
Os servidores ressaltam que não estão abandonando seus
trabalhos e se apresentarão na DEGEPOL na expectativa de que seja providenciado
local seguro para que possam desenvolver o importante trabalho que desempenham:
comunicação da Polícia Civil (Central de rádio – denúncias, informações sobre
locais de crime e comunicação com delegacias e unidades móveis). Também sofrem
com o abandono outros servidores da Segurança Pública lotados na estrutura:
policiais militares, bombeiros, servidores do ITEP e da Guarda Municipal.
O SINPOL ressalta que existe estrutura concluída desde 2010
no prédio do antigo IPERN que seria destinada ao CIOSP e que só falta a parte
de cabeamento, uma despesa que seria inferior a R$ 100 mil.
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