quarta-feira, 17 de abril de 2013

POLÍCIA CIVIL DÁ 30 DIAS AO GOVERNO



Policiais Civis voltam ao trabalho normalmente a partir das 8h de hoje no estado. Mas o governo tem um prazo para atender às reivindicações da categoria: 30 dias. Os pontos reivindicados são o fim da custódia de presos em delegacias, o aumento do efetivo com a nomeação dos aprovados no último concurso público e a valorização dos policiais civis.
A decisão foi tomada ontem após uma assembleia geral no auditório do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (SINPOL), onde desde o início da manhã de ontem a categoria estava reunida. Na parte da tarde, os policiais fizeram uma passeata pela Avenida Rio Branco, entregando panfletos, exibindo faixas e explicando as motivações que levaram o SINPOL a adotar esse posicionamento.
De acordo com Djair Oliveira, presidente do SINPOL, não houve diálogo com a governadora Rosalba Ciarlini, apesar da procura do SINPOL. “Entregamos ao governo nossa reivindicação, mas fomos, até o momento, ignorados”, disse ele.
Apesar da volta dos policiais às ruas, Djair Oliveira fez uma ressalva de que um novo indicativo de greve pode ser feito se o governo não se posicionar. “Vamos elaborar umas diretrizes a respeito da custodia de presos nas delegacias e, dentro de 30 dias, se o governo não atender as nossas reivindicações outra assembleia será convocada para decidirmos, mais uma vez, se vamos fazer uma greve ou não”, alertou o sindicalista.
A decisão de paralisação de alerta por 24 horas foi tomada no início do mês em virtude do retorno de presos para as delegacias, situação considerada inaceitável, visto que a custódia deve ser feita pelo sistema prisional, ou seja, por agentes penitenciários.
A situação se tornou insustentável com as recentes decisões judiciais de interdições de cadeias públicas e presídios, notadamente nos municípios de Caicó, Goianinha, Mossoró e Macau. “Delegacia não é presídio, os policiais estão deixando de investigar alguns casos para vigiar presos”, disse Djair Oliveira. Nas delegacias, as celas estão lotadas e há presos algemados a barras de ferro, como em Macau.

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