Mais uma vez, a
Polícia Militar, com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Delegacia
Especializada Capturas (DECAP), está na região da Penitenciária Estadual de
Alcaçuz, em Nísia Floresta - Região Metropolitana de Natal, realizando buscas
para recapturar presos fugitivos do presídio. A fuga aconteceu na noite de
sexta-feira (03), por volta das 20h.
|
Local por onde saíram os detentos |
Oito presos escaparam do Pavilhão 02, no
momento de um "apagão" no fornecimento de energia elétrica.
Até o fechamento desta edição, apesar das intensas buscas, nenhum preso
tinha sido recapturado, segundo o comandante do 3º Batalhão de Parnamirim,
coronel Jair Júnior. A diretora do presídio, Dinorá Simas, relatou que os oito
presos estavam em celas diferentes. Eles arrombaram os cadeados e, em pouco
tempo, "questão de minutos", segundo Dinorá Simas, escalaram dois
muros, utilizando duas 'teresas', e alcançaram a área de dunas e matagal, que
circunda o prédio da penitenciária.
Dos oito fugitivos, cinco cumprem pena por homicídio (artigo
121, do Código Penal) e três por assalto à mão armada (artigo 157, do CP).
|
Diego Silva Alves
|
Entre eles, está Diego Branco, acusado
de homicídio contra um escrivão da
Polícia Civil, no ano passado, e porte ilegal de arma. É reincidente em fugas.
Segundo Dinorá Simas um nono preso (Wilson Bento, também conhecido por
"Wilson Coxinha") foi localizado na área de segurança, dentro de um
buraco, coberto de areia e acabou sendo recolhido à cela. "Provavelmente
não teve força para escalar o muro do presídio", contou Dinorá Simas.
Na fuga, os presos escalaram o muro, entre as guaritas 03 e 04,
sendo que apenas esta última, segundo policiais ouvidos pela TRIBUNA DO NORTE,
estava com guarnição na noite da sexta-feira (03). Alcaçuz tem 11 guaritas, mas
pela falta de efetivo militar, apenas nove ficam ativadas, permanentemente. Às
vezes, até menos. A vigilância externa do presídio cabe à Polícia Militar.
"No momento da fuga", chegou a dizer a diretora do presídio,
"apenas três guaritas tinham guarda". Depois, ela retrucou: não tenho
certeza desse número. É bom confirmar com a PM. A TN entrou em contato com o
comandante da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo, mas ele não
atendeu às ligações feitas para seu celular.
Segundo Dinorá Simas, o presídio mantinha na sexta-feira (03),
antes da fuga, 843 presos nos quatro pavilhões em funcionamento, quando a
capacidade é para 620 apenados. A contagem dos presos, segundo ela, foi feita
na mesma noite da fuga, após o restabelecimento da energia. Ela não soube
precisar quanto tempo o presídio ficou às escuras. As buscas pelos fugitivos se
iniciaram de imediato, ainda na noite de ontem, segundo o comandante da
operação de buscas, coronel da PM Jair Júnior.
A PM montou barreiras na região das lagoas de Nísia
Floresta, próximo a Alcaçuz, e as rodovias federais e estaduais estão sendo
monitoradas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Rodoviária Estadual
(PRE), respectivamente.
O coronel Jair Júnior fez um apelo à população para que,
caso identifique alguma pessoa em atitudes suspeitas, comunique à polícia,
através do telefone 190. Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE a diretora do
presídio disse que ainda não foi identificada a causa do apagão no fornecimento
de energia. "A pane que atingiu a unidade facilitou a fuga, mas ainda não
sabemos as causas e, com certeza, uma sindicância será instaurada para apurar a
coincidência de um apagão na hora da fuga".Ela também não soube dizer como a abertura de um buraco no muro do Pavilhão 02, por onde os presos saíram, não foi percebida pelos agentes. "Pela manhã, os agentes tinham feito revista em todos os pavilhões e estava tudo normal", disse ela, que não afastou a possibilidade de 'facilitação’. Essa foi a primeira fuga em Alcaçuz, após ela ter assumido o comando, há 20 dias.
Os fugitivos são:
Nenhum comentário:
Postar um comentário