“Zeca Armeiro” tinha oficina em casa e chegou a montar metralhadoras.
A Divisão de Investigação e Combate ao Crime Organizado prendeu o ex-policial militar José Pereira da Silva, de 46 anos. “Zeca Armeiro”, como é mais conhecido o acusado, foi detido em uma casa na rua João Francisco de Oliveira, no Dix-Sept Rosado, onde os policiais civis encontraram uma oficina de material armas de grosso calibre, inclusive, metralhadoras.O flagrante foi feito na noite da última sexta-feira (30), mas o resultado da ação foi apresentado na manhã desta segunda-feira (2), durante uma entrevista coletiva na Delegacia Geral da Polícia Civil. De acordo com o delegado Normando Feitosa, adjunto da Deicor, a prisão foi feita a partir de uma denúncia anônima, que dava conta que José Pereira estava em contato com uma empresa especializada em cromagem de armas.
A partir daí, os agentes começaram a investigar e conseguiram um mandado de busca e apreensão para ser cumprido na residência de Zeca Armeiro. “Quando chegamos lá, encontramos certa resistência do acusado. Inclusive, ele não queria permitir nossa entrada na casa, mas como estávamos de posse do mandado, entramos e passamos a revistar o local”, explicou o delegado Normando Feitosa.
Ainda de acordo com ele, a oficina de armas estava em pleno funcionamento. Os policiais apreenderam espingardas de calibre variados, como 44 e 22, bem como um fuzil 762 e revólveres calibres 32 e 38. O que chamou atenção é que também foram apreendidas estruturas de ferro fundido em formatos de metralhadoras nove milímetros.
Material apreendido com ZECA
O delegado da Deicor ressaltou que o acusado limitou-se a dizer, em depoimento, que todo o material foi adquirido por ele ao longo do tempo, inclusive, um fuzil com brasão do Exército Brasileiro, que ele não revelou a origem. “Depois desse flagrante, vamos continuar as investigações para saber quem fornecia esse material para ele produzir armas e também para quem ele vendia seus produtos”, comentou Normando Feitosa.
Zeca Armeiro, de acordo com informações colhidas pela Polícia Civil, trabalhava no setor de armas de munições da Polícia Militar, mas foi afastado das suas funções e perdeu a farda. “Ainda vamos entrar em contato com o comando para saber os motivos do afastamento e se o acusado aprendeu a fabricar armas lá dentro da corporação ou se já sabia fazer isso há mais tempo”, completou o delegado.
Fonte: portalBO
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